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Neste texto, você vai descobrir quanto um entregador do Mercado Livre pode ganhar por dia, semana e mês, além de entender os principais fatores que afetam os ganhos na prática. Se você quer saber se vale mesmo a pena entrar nesse mercado, esse conteúdo é fundamental para tomar sua decisão.
Ao contrário do que muita gente imagina, não existe um salário fixo nem uma tabela oficial de valores. O que existe são estimativas baseadas no volume de entregas, no tempo dedicado, na região onde se trabalha e no tipo de veículo utilizado. Vamos explicar tudo isso com detalhes a seguir.
Como funciona o pagamento no Mercado Livre
Diferente de aplicativos como iFood ou Uber, que oferecem bonificações por tempo ou por metas, o Mercado Livre opera em um modelo simples: você ganha por rota aceita e finalizada. O valor da rota já aparece antes da aceitação, então você sabe exatamente quanto vai ganhar.
O pagamento é feito via Mercado Pago, geralmente na semana seguinte à realização da entrega. As rotas feitas entre segunda e domingo costumam ser pagas entre quarta e sexta-feira da semana seguinte. Isso garante previsibilidade ao entregador, desde que ele mantenha uma rotina constante de trabalho.
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Além disso, não existe limite mínimo ou máximo de entregas. Você pode trabalhar quantas horas quiser, desde que haja demanda na sua região. E aí entra o primeiro ponto importante: os ganhos dependem diretamente da sua disponibilidade de tempo e localização.
Quanto dá para ganhar por dia?
Com base em relatos de entregadores e em análises de mercado, é possível traçar uma média geral:
- Iniciantes ou tempo parcial: R$ 100 a R$ 150 por dia
- Entregadores em tempo integral: R$ 150 a R$ 250 por dia
- Altas performances (com veículos maiores): R$ 250 a R$ 300 por dia
Esses valores podem variar muito. Quem mora em grandes cidades e consegue pegar rotas maiores tende a ter acesso a entregas mais rentáveis. Já em regiões com menos demanda, o número de rotas disponíveis por dia pode ser limitado.
O tipo de veículo também interfere diretamente: motociclistas, por exemplo, pegam entregas mais rápidas e urbanas, com valores médios menores. Já vans e carros utilitários podem acessar rotas com mais pacotes e, por isso, com pagamentos maiores.
Estimativas semanais e mensais
Levando em consideração os ganhos diários, podemos projetar os seguintes cenários:
● Cenário conservador (trabalho parcial, 3 dias/semana)
- R$ 120 por dia x 3 dias = R$ 360 por semana
- R$ 360 x 4 semanas = R$ 1.440 por mês
● Cenário intermediário (5 dias/semana)
- R$ 180 por dia x 5 dias = R$ 900 por semana
- R$ 900 x 4 semanas = R$ 3.600 por mês
● Cenário intensivo (6 dias/semana com rotas longas)
- R$ 250 por dia x 6 dias = R$ 1.500 por semana
- R$ 1.500 x 4 semanas = R$ 6.000 por mês
Esses números são estimativas e não levam em conta os custos operacionais (que veremos a seguir), mas mostram que existe, sim, um potencial real de ganhos expressivos — desde que o entregador tenha uma rotina bem estruturada.
Custos que impactam seus lucros
Agora vem a parte que muita gente esquece: os gastos envolvidos para fazer as entregas. Esses custos variam de acordo com o tipo de veículo e com a intensidade do uso.
Principais custos fixos e variáveis:
- Combustível: um dos maiores vilões do lucro líquido
- Manutenção preventiva: troca de óleo, pneus, freios
- Desgaste do veículo: quanto mais você usa, mais rápido ele perde valor
- Impostos (MEI): valor mensal fixo, obrigatório
- Equipamentos de entrega: mochila, baú, suporte de celular
- Internet no celular: precisa ter um bom plano com dados móveis
Quem não leva esses pontos em conta pode se iludir com os valores brutos. O ideal é sempre calcular o ganho líquido, ou seja, aquilo que realmente sobra no bolso ao final do mês.
O que aumenta os seus ganhos
Algumas estratégias podem fazer a diferença nos resultados financeiros:
- Escolher bons horários: trabalhar nos períodos de maior demanda, como manhãs e tardes de dias úteis, ajuda a garantir rotas seguidas
- Estar disponível nos finais de semana: há menos entregadores e mais pacotes
- Cuidar bem do veículo: evita imprevistos e gastos não planejados
- Planejar rotas com inteligência: otimizar o trajeto reduz o tempo e o gasto de combustível
- Aceitar rotas longas (se viável): elas costumam pagar melhor, especialmente se você estiver com veículo apropriado
O que pode reduzir seus ganhos
Por outro lado, há atitudes que derrubam o rendimento e devem ser evitadas:
- Recusar muitas rotas seguidas: pode afetar sua visibilidade no sistema
- Cancelar rotas após aceitar: prejudica sua reputação e pode gerar bloqueios
- Falta de constância: trabalhar um dia sim e outro não reduz o volume final do mês
- Desconhecer sua região: aceitar rotas ruins ou longas demais pode se tornar um prejuízo
- Usar veículo inadequado: limita o tipo de entrega que você pode fazer
Vale a pena trabalhar como entregador do Mercado Livre?
Depende. Para quem tem veículo próprio, tempo disponível e disciplina, é uma oportunidade real de gerar renda de forma autônoma. Muitos profissionais usam a entrega como renda principal, enquanto outros encaram como um complemento.
A chave está em entender que não é dinheiro fácil — exige comprometimento, organização e leitura estratégica da demanda na sua região. E, acima de tudo, é preciso tratar o trabalho como um negócio: fazer contas, cuidar dos custos e buscar eficiência todos os dias.
Agora que você já conhece os ganhos médios, os custos envolvidos e as estratégias para melhorar seus resultados, o próximo passo é entender como fazer parte desse mercado. O processo de cadastro é simples, mas exige atenção a detalhes importantes.
No próximo conteúdo, mostramos o passo a passo atualizado para você começar do jeito certo.
